História

Entre a primeira e segunda décadas do século XX, iniciou-se a colonização do território onde hoje se encontra o Sítio Curucutu. Foram famílias de imigrantes italianos, da região da Toscana, que se estabeleceram na região, trazendo consigo a herança de atividades econômicas que exerciam em sua terra natal: a exploração e transporte de madeira e carvão.

Ao longo das décadas de 30 e 40, a área sofreu intenso desmatamento, fornecendo lenha para energia às indústrias recém-instaladas no ABC Paulista. Essa degradação ambiental apenas se intensificou nos anos 60 e 70, dessa vez por conta das indústrias moveleiras, que retiraram muito das madeiras nobres das florestas nativas e, posteriormente, devido a loteamentos imobiliários clandestinos ou irregulares.

Foi em 1963 que o caminho do advogado Jayme Vita Roso cruzou com o do Curucutu. Ele adquirira o terreno inicialmente para loteamento imobiliário mas, ao longo dos anos, esse plano mudou drasticamente.

 

TRANSFORMAÇÃO

Nos anos seguintes à compra do terreno que hoje é o Sítio Curucutu, o trabalho de Jayme Vita Roso o levaria a diversos países africanos, onde ele presenciaria os efeitos devastadores da degradação ambiental sobre a população. Assim, passou a ver com outros olhos aquela porção de Mata Atlântica que ainda sobrevivia em meio aos portos de areia. Vita Roso abandonou então seu projeto inicial e começou, em 1979, um programa ambicioso de reflorestamento.

Ao contrário do que ocorre atualmente, não havia na época informações facilmente acessíveis a leigos interessados na preservação ambiental. Vita Roso iniciou o plantio de mudas por conta própria, da forma que lhe parecia correta. Isso incluiu algumas espécies exóticas, como pinheiros e eucaliptos, que sobrevivem até os dias atuais no Curucutu. Após anos de estudo e pesquisa, sabe-se agora que esse é um conceito errado de reflorestamento, e hoje fazemos o controle das exóticas em toda a extensão do nosso território, com o apoio de técnicos especializados.

Desde que iniciou sua missão de recuperação, Vita Roso não contou com nenhum auxílio público ou privado. Ainda assim, ao longo do tempo, conseguiu plantar centenas de milhares de árvores de aproximadamente 50 espécies diferentes, levando diversas aves e animais a repovoarem a reserva. Até o ano de 2016, registramos o plantio de cerca de um milhão delas, que formaram grandes bosques na área ocupada pelo Sítio Curucutu.

 

RECONHECIMENTO

Jayme Vita Roso recebeu uma série de prêmios em reconhecimento ao seu pioneirismo e aos trabalhos ambientais executados através da Curucutu Parques Ambientais, entre eles:

- Prêmio Top Ecologia na categoria Hors Concours, outorgado pela ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, em 1996;
- Prêmio Revista Natureza de Ecologia, em 1997;
- Prêmio Top Social ADVB na categoria Educação Ambiental, em 2001;
- Prêmio PNBE de Cidadania, na categoria “O ambientalista que queremos”, em 2004;
- Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, por unanimidade dos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo, em 2004.
- Prêmio da Federação Interamericana de Advogados (Inter-American Bar Association) e eleição como Presidente do Comitê de Recursos Naturais e Proteção ao Meio Ambiente pela mesma entidade, em 2004;



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